ESTADO E GOVERNO: quais as suas reais funções diante da crise politica e econômica do país
Muitas pessoas confundem com os conceitos de
Estado e Governo, por serem utilizados de forma parecidas, porém são distintas.
Com a atual situação politica e economica que o país se encontra o artigo
apresenta alguns tópicos a serem avaliados pelos cidadãos.
Segundo
Coelho (2009, p. 15) "[...] Quando nos referimos ao Estado, grafado com
inicial maiúscula, estamos tratando da organização que exerce o poder supremo
sobre o conjunto de indivíduos que ocupam um determinado território. E quando
falamos de exercício do poder, estamos nos referindo à capacidade de
influenciar decisivamente a ação e o comportamento das pessoas.." Logo,
cabe ao Estado a tarefa ligada aos aspectos jurídicos da legalidade para a
manutenção do poder político e aos indivíduos o trabalho. Isso gera uma
diferenciação entre os governantes e os governados, que se sujeita a um ao outro
a um processo de coerção.
O Estado é formado por um conjunto de instituições
públicas que representam, organizam com objetivo de atender as necessidades da
população que habita o seu território. Entre essas instituições públicas temos
o governo, as prisões, os hospitais públicos, o exército, as escolas e outras
mais.
Podemos dizer que o governo seria apenas uma
das instituições que compõem o Estado, e é ele que possui a função de
administrar esse Estado. Os governos mudam e podem apresentar diferentes
formas, que geralmente variam de um lugar para outro, já os Estados não mudam,
eles são permanentes.
É o governo que administra um estado ou o país,
e quando falamos de política, o governo
do nosso país significa que estamos tratando da administração dele, isso não
quer dizer que não se trata de uma única pessoa. Pois o governo não é formado
por apenas uma pessoa, mas sim por um grupo de pessoas que se encontram em
várias áreas diferentes que juntas compõem o governo.
Assim sendo, dos contextos presentes nas
corrente liberal e marxista, a relação existente entre Estado, governo e
mercado é necessária para a manutenção da sociedade moderna tal como
conhecemos, pautada pelo desenvolvimento do progresso econômico do país.
Uma vez definido o sistema capitalista como o
sistema de desenvolvimento mundial das sociedades, cabe aos Estados, os
governos, a função de manter as condições de desenvolvimento econômico, a
formulação de políticas públicas para expansão dos serviços públicos e a
correção das disfunções do sistema capitalista, como o combate a miséria. País
tem apresenado alguns programas para combater a crise e o desenvolvimento
social da população como Bolsa Familia, Programa Minha Casa Minha Vida e
Projovem, tais programas citados foram propostos e aprovados, porém não
apresentaram um desenvolvimento após um período.
Estado, governo e mercado: uma relação
necessária?
O artigo apresenta a relação existente entre
Estado, governo e mercado sob uma perspectiva da dinâmica entre Estado e
sociedade.
O Estado, o governo e o mercado são elementos
presentes na sociedade moderna. A sua relação transcende os aspectos temporais
e encontra na teoria liberal e marxista a especificidade que direciona o objeto
da relação existente entre esses três aspectos da sociedade moderna.
A sociedade, enquanto instituição que permeia
as relações existentes entre Estado, governo e mercado é o meio presente da
dinâmica que envolve toda a complexa relação de interesses dos mais diferentes
grupos sociais existentes.
Para os liberais, a sociedade é compreendida
"[...] como esfera mais dilatada, de substrato materialmente econômico,
onde os indivíduos dinamizam sua ação e expandem seu trabalho" (BONAVIDES,
1996, p.60), isso se dá, por sua vez, pelo princípio da liberdade individual e
da propriedade privada, garantidas por meio de um instrumento legal, denominado
"Contrato Social", que garante ao Estado "[...] a ordem
jurídica, o corpo normativo, a máquina do poder político, exterior à sociedade
[...]" (idem p. 60). Logo, da relação entre Estado e sociedade, na seara
do pensamento liberal de Jean Jacques Rousseau, Bonavides (1996, p. 60) chega à
seguinte conclusão:
Por sociedade, entendeu ele o conjunto daqueles
grupos fragmentários, daquelas "sociedades parciais", onde o conflito
de interesses reinantes só se pode recolher a vontade de todos (volontié de
tous), ao passo que o Estado vale como algo que se exprime numa vontade geral
(volonté générale) [...]. (Grifo do autor)
Então, não caberia ao Estado interferir
diretamente na liberdade individual dos seus governados, pois estaria
interferindo sua vontade individual. Desse modo, o Estado iria atuar apenas nas
áreas de interesse geral da população.
Segundo Coelho (2009, p. 77) cabia "[...]
ao poder público a manutenção da lei e da ordem para que os indivíduos pudessem
se dedicar aos seus interesses de mercado e as suas atividades no
mercado." Logo, cabia ao Estado a tarefa ligada aos aspectos jurídicos da
legalidade para a manutenção do poder político e aos indivíduos o trabalho.
Isso gera uma diferenciação entre os governantes e os governados, que se
sujeita a um ao outro a um processo de coerção. Segundo Bonavides (1996, p.
108):
Examinada atentamente a natureza do poder
estatal, verifica-se que todo Estado, comunidade territorial, implica uma
diferenciação entre governantes e governados, entre homens que mandam e homens
que obedecem, entre os que detêm o poder e os que a ele se sujeitam.
A minoria dos que impõem à maioria a sua
vontade por persuasão, consentimento ou imposição material forma o governo que,
tendo a prerrogativa exclusiva do emprego da força, exerce o poder estatal
através de leis que obrigam, não porque sejam "boas, justas ou
sábias", mas simplesmente porque são leis, pautas de convivência, imperativos
de conduta.
Esse processo persuasivo, por sua vez, está
ligado diretamente ao principio à legitimidade dos atos. Bonavides (1996, p.
112) fala que a "[...] legitimidade tem exigências mais delicadas, visto
que levanta o problema de fundo, questionando acerca da justificação e dos
valores do poder legal". Para os liberais essa justificação e valores
estavam ligados a liberdade individual e de propriedade, que dava condições
para o desenvolvimento do mercado numa sociedade livre.
A partir de então, as relações entre Estado e
sociedade passaram a ser pensadas e analisadas sempre – mas não exclusivamente
– como uma relação entre Estado e mercado.
O mercado pode ser definido como um sistema de
trocas do qual participam agentes e instituições interessados em vender ou
comprar um bem ou prestar ou receber um serviço. (COELHO, 2009, p. 22)
Em um lado oposto ao pensamento liberal, o
pensamento marxista preconizava que o Estado é uma relação de dominação de uma
classe social em função da divisão de classes do trabalho (COELHO, 2009). Assim
sendo, o Estado "[...] é produto da sociedade, instrumento das
contradições sociais, e só se explica como fase histórica, à luz do
desenvolvimento da sociedade e dos antagonismos de classe" (BONAVIDES,
1996, p. 61).
Essa relação entre Estado e sociedade não
necessariamente pode ter o primeiro descartado, pois o Estado teria que cumprir
a sua função de igualar as condições econômico-sociais dos seus governados pelo
uso do poder político de um governo formado pelo proletariado.
Segundo Bonavides (1996, p. 65), no que tange
ao pensamento marxista, o Estado:
[...] É um fenômeno histórico passageiro,
oriundo da aparição da luta de classes na sociedade, desde que, da propriedade
coletiva passou à apropriação individual dos meios de produção. Instituição
portanto que nem sempre existiu e que nem sempre existirá. Fadado a
desaparecer, o poder político, como Marx o definiu, é "o poder organizado
de uma classe para a opressão de outra."
REFERÊNCIA
COELHO, Ricardo Corrêa. Estado, Governo
e Mercado. Florianópolis: CAPES: UAB, 2009.
ANDERSON. Jadson. Estado, Governo e Mercado: uma relação necessária? Disponivel em: http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/estado-governo-e-mercado-uma-relacao-necessaria/54831/. Acesso
em: 23 de Jan. 2018.
MELO, Priscila. Estado, Nação e Governo. Disponivel em: https://www.estudopratico.com.br/estado-nacao-e-governo-relacoes-e-diferencas/. Acesso
em: 01 de Fev. 2018.
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