SELOS VERDES, UMA ROTULAGEM AMBIENTAL: RESPONSABILIDADE AMBIENTAL VERSUS EXIGÊNCIA DO MERCADO

AUTORES: Cosme Moura¹, Danyele Araújo², Edardna Andrade², Fernanda², Magda Belfort², Maria Natália Santos², Paulo Sérgio Abreu².

INTRODUÇÃO

Diante da nova tendência de selos verdes, muito se questiona o que é; a quem interessa e como pode ajudar o meio ambiente. Em virtude disso, este trabalho aponta as vantagens de ser uma empresa ecologicamente comprometida e como o consumidor exigente pressiona os demais fabricantes do ramo. Atualmente, as certificações ambientais podem ser classificadas de acordo com sua especificidade tais como: alimentos orgânicos, biodiversidade, eficiência energética, manejo florestal, veganos certificados, turismo etc., segundo a revista eletrônica Planeta Sustentável. Do ponto de vista administrativo, as certificações já são exigências competitivas do mercado para as grandes empresas já que agregam valor à sua marca e se destacam perante as concorrentes. A ecoeficiência e preocupação com a sustentabilidade são sine quibus non ao processo de globalização das empresas por se tratar de um fenômeno ecológico e inerente aos setores produtivos a nível mundial. Trata-se além de adequação às normas certificadoras, mas também de quebra de paradigmas e um novo comportamento para obtenção de maior Market share, principalmente, o internacional. Quem certifica, os tipos de certificações, por que certificar; são os elementos do presente trabalho.


Alguns selos utilizados



METODOLOGIA

O embasamento teórico utilizado foi, fundamentalmente, dos pré-requisitos para certificação, do site Conselho Brasileiro de Manejo Florestal- FSC Brasil; dos conceitos e definições levantadas pelo site Planeta Sustentável da Editora Abril; sobre os olhares administrativo e mercadológico dos autores; LUIGI (1999) ao afirmar, que ao adotar uma gestão ambiental é moeda forte no mercado das organizações; Schmidheiny (2002) que diz que o setor empresarial precisa saber a natureza e o provável impacto das regulamentações durante períodos significativos de tempo, para que possa planejar seus investimentos de acordo, e não fazer investimentos que serão perdidos em decorrência de mudanças bruscas nas regulamentações. Além de Stewart (2003) que diz que a ISO (Organização Internacional para Padronização) já é uma exigência do mercado no Sistema de Gerenciamento Integrado (SGI) das organizações. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que regem as normas do comitê internacional da ISO no Brasil.

RESULTADOS

Observamos que o selo verde ajuda o consumidor a ter certeza de que comprou um produto que não agride o ecossistema do qual foi retirado. Para que isso aconteça, além da qualidade e do preço, é preciso avaliar a maneira de como esses produtos foram desenvolvidos e devolvidos para o meio ambiente. Surgiu a partir da preocupação ambiental dos consumidores, principalmente dos países europeus, e a partir daí alguns governos e organizações não governamentais (ONG’s) de outros países formularam um conjunto de normas para regulamentar o comércio de produtos derivados das florestas tropicais através de acordos internacionais. Indica que o produto é adequado ao uso e apresenta menos impacto ambiental em relação a outros produtos similares. Estão deixando de ser o diferencial do produto para ser exigência para o negócio. O objetivo dos selos é deixar claro ao consumidor que o produto está de acordo com as normas de qualidade e que adquirindo aquele produto está contribuindo para a preservação do meio ambiente. Existem hoje em dia, vários selos verdes no mercado consumidor classificado por categoria: Eficiência energética, alimentos orgânicos, veganos, manejo florestal, biodiversidade e turismo, fazendo uma análise na questão da sustentabilidade, produtos que dispensam carne, ovos, leite, mel e derivados. A aceitação do Selo Verde pelo consumidor é garantida pela confiança de quem emite o selo, a questão da credibilidade do fabricante, daí a importância da agência normatizadora, que fiscalizam e comprovam as informações. É a normatização mais comum para a marca do FSC representada pela ABNT no Brasil. Alguns selos partem dos próprios fabricantes preocupados em mostrar ao seu consumidor final os aspectos ambientais positivos do produto a fim de conquistá-los, sendo que essas informações nem sempre são verdadeiras, e esses fabricantes acabam sofrendo as consequências após a descoberta dessas informações. A forma tradicional de tratar dos problemas ambientais é publicar regulamentos e a função dessas agências normatizadoras é essa, de cuidar para que empresas devem comercializar apenas produtos retirados da natureza de forma ambientalmente correta e encaixados devidamente em um plano de manejo garantido por organizações internacionalmente reconhecidas, como o FSC.

Selo FSC


CONCLUSÕES

Portanto, uma das formas mais criativas para conquistar clientes conscientes e reconhecer modelos ecoeficientes na indústria são os selos verdes. Atende as novas exigências do mercado, possui maior facilidade de comercialização, aumenta ou mantem o Market share. Entretanto, o mercado nacional ainda está começando no ramo das certificações, a maioria das organizações que possuem são multinacionais que adotam a política da empresa. Percebe-se que com o aumento da competitividade cada vez mais as certificações se tornam indispensáveis quando o cliente escolhe a marca que vai levar.


¹ Professor Msc Orientador
² Graduados em Administração de Empresas, da Faculdade Estácio de São Luís

Comentários

  1. ótimo post pois todos nós temos que fazer nossa parte em relação ao meio ambiente

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